Funeral de Charlie Kirk em estádio para mais de 60 mil pessoas representa 'enorme desafio' para Serviço Secreto dos EUA

27/04/2016

Funeral de Charlie Kirk em estádio para mais de 60 mil pessoas representa 'enorme desafio' para Serviço Secreto dos EUA

Memorial será realizado em arena com capacidade para mais de 63 mil pessoas, e contará com a presença de figuras importantes da política americana, com o presidente Donald Trump

Líder conservador responsável por arrastar multidões em vida pelos EUA, Charlie Kirk ganhará um funeral à imagem de grandes políticos americanos. O presidente Donald Trump, altos funcionários do governo e do Partido Republicano, além de importantes influenciadores políticos, devem se reunir no estado do Arizona no domingo para homenagear o ativista assassinado durante uma palestra na Universidade de Utah Valley no último dia 10. Mas o memorial, que será realizado no State Farm Stadium, em Glendale, nos arredores de Phoenix, já inspira cuidados das autoridades de segurança, que tratam o evento como um enorme desafio.

Ainda não se sabe, no entanto, se a despedida de Kirk será tratada como um encontro nacional, com forças policiais especiais — o que inspiraria o uso de tropas federais, em conjunto com as estaduais e locais. As inscrições para participar do velório do chefe da Turning Point USA, a principal organização conservadora juvenil do país, estão abertas ao público, exigindo nome, e-mail, celular e CEP.

“O Serviço Secreto se une à nação para oferecer nossas mais profundas condolências à família e aos amigos de Kirk”, disse o porta-voz do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, em um comunicado obtido pela CNN. “Um planejamento conjunto de segurança está em andamento, e informações apropriadas serão fornecidas à medida que o processo avançar nos próximos dias.”

Estádio para 63 mil pessoas

Escolhido como sede do funeral, o State Farm Stadium, casa do Arizona Cardinals da NFL, principal liga de futebol americano, inspira preocupação ainda maior. Apto a abrigar um público de mais de 63 mil pessoas, o local é visto como “um alvo atraente” para um agente hostil devido à sua visibilidade, disse à CNN o ex-agente do Serviço Secreto dos EUA e hoje colaborador do canal, Jonathan Wackrow, especializado em gestão de riscos.

— Este local pode ser visto como um alvo atraente para um agente hostil devido à sua visibilidade. O potencial para que ele seja perturbado por uma série de ameaças diferentes, ou mesmo pela ameaça de uma ameaça, é algo em que as autoridades policiais realmente precisam se concentrar e, então, implementar os protocolos de mitigação agora — pontuou.

Sem contar na proteção de figuras proeminentes, como Trump e o secretário de Estado Marco Rubio, que exigem o posicionamento de contra-atiradores dentro e fora da arena, os agentes precisam lidar com questões que envolve a segurança das multidões, como atropelamentos em massa e ameaças biológicas.

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